quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Saudosismo, será?

Eu gostaria de escrever um pouco aqui sobre a música dos anos 80. Eu que nasci em 82, lembro de muito fatos da década, embora eu fosse pequeno. Cresci ouvindo The The, Smiths, The Cure, A-Ha, Titãs, Plebe Rude, Ulltraje a Rigor, RPM, e muitas outras bandas. Tudo por influência de meus irmãos mais velhos, que sempre compravam os lançamentos em vinil (muitos tenho até hoje). Então descobri anos mais tarde que a música da época é muito rica, tanto nacional como internacional. Alguns fatores contribuíram para isso: o avanço tecnológico com o surgimento das mídias digitais, o computador pessoal, etc. Também os acontecimentos, os movimentos urbanos, a quebra de valores estéticos mais caretões dos anos 70. Eu como um audiófilo e aficcionado por música (Assistam "Alta Fidelidade" para entender um pouco de minha essência com relação à música) gosto muito de redescobrir músicas que foram "perdidas" com o tempo e analisar a riqueza de sons, timbres e vocais.

Eu não gostaria de soar como aqueles saudosistas que somente acham que o passado é melhor, mesmo porque gosto muito do mundo contemporâneo, mas é fato que há uma decadência na música hoje em dia. Vale a pena passar uma tarde deliciosa na internet baixando músicas, de muitos grupos e versões. Diferente dos anos 80 quando ou se comprava o vinil (que era caro) ou se gravava das rádios em um cassete, hoje temos a possibilidade de pegar discografias inteiras na internet. Tá vendo como eu não sou saudosista?

Por Junior_RTV

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Não é só mais uma banda de rock.

Através das letras polêmicas que envolviam críticas sociais e políticas, a banda Plebe Rude queria pregar a liberdade para os fãs de sua geração.
Na época, e até hoje a Plebe Rude é vista como referência de banda punk no Brasil.

A banda juntamente com a Legião Urbana, certa vez num festival em Minas Gerais, em 81, foram presos por causa de suas letras, especificamente pela letra da música "Voto em Branco" da Plebe Rude e "Música Urbana 2" da Legião Urbana. Mas logo foram soltos, depois de os policiais descobrirem que eles eram garotos de Brasília, temendo que fossem filhos de políticos.

A letra "Voto em Branco", Plebe Rude.

"Imaginem uma eleição em que ninguém fosse eleito
Já estou vendo a cara do futuro prefeito
Vamos lá chapa, seja franco
Use o poder do seu voto, vote em branco

Vote em branco!

Seja alguém vote em ninguém
Seja alguém vote em ninguém
Seja alguém vote em ninguém

Esquerda direita, em cima em baixo
Você assim e eu assado
Quando vamos para de tomar lados?
Quando vamos parar de ser enganados?
Enganados!"




A Plebe Rude continua sendo uma das bandas mais originais que o rock brasileiro já ouviu, sem ser corrompido pelo sistema, e sem abalar as letras por falta de incentivos e repressões.
Até nos dias de hoje, muitos grupos esquerdistas como os punks seguem ao pé da letra as ideologias contidas nas letras e nos movimentos das décadas passadas. Acho que alguns grupos deveriam rever seus conceitos e atualizar as idéias e ações para este "Novo Mundo" que vivemos agora.
Seja você anarco-punk, desordem, oi!, feministas, ou seja lá o que for, engajem-se numa boa causa para revolucionar o mundo, para torná-lo melhor.
Através da música de protesto, zines e artigos que vieram da década de 80, com o "boom" do punk e grupos esquerdistas vamos nos conscientizar e nos unir, como fizeram nos anos 80, todos por uma boa causa, unidos, e que conseguiram vencer.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sucesso Incontestável da Década de 80

Meninas de cabelos armados ou bastante curtos e para os meninos: gel, roupas coloridas e extravagantes, assim era o visual dos anos 80, década que revelou muitas bandas de rock para o cenário nacional, com os shows no “Circo Voador” que foi o berço de várias bandas que estouraram naquela época como por exemplo, Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho.

O começo do BRock, apelido dado por Nelson Motta para o movimento musical da época, foi com a Blitz, composta por Evandro Mesquita, Lobão e Fernanda Abreu era caracterizada pelas suas performances artísticas nos palcos. A banda Blitz cantava e interpretava suas músicas, acabou abrindo as portas para outras bandas aparecerem.

Acabaram vindo os Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor, Barão Vermelho, Kid Abelha, mas não foi nenhum desses grupos que fazem sucesso até os dias de hoje que conseguiram vender mais discos, fazer mais shows, quem conseguiu tudo isso e muito mais foi a banda RPM de São Paulo, liderada pelo vocalista Paulo Ricardo, foi o maior fenômeno de vendas das bandas dos anos 80, ninguém no país nunca tinha visto um sucesso daqueles, músicas como “Rádio Pirata” e “Olhar 43” do álbum “Revoluções Por Minuto” tocaram demais nas rádio brasileiras. Conseguiram vender 2,2 milhões de cópias do segundo álbum o “Rádio Pirata Ao Vivo”. O RPM utilizava teclados, sintetizadores, guitarras e baterias eletrônicas em alguns momentos.

O RPM foi a banda pop/rock brasileira que abalou as estruturas do mercado fonográfico nacional nos anos 80. O sucesso alcançado por Paulo Ricardo, Luiz Schiavon, Fernando Deluqui e Paulo Pagni, com o disco de estréia “Revoluções Por Minuto” e o registro da turnê “Rádio Pirata Ao Vivo”, foi incontestável.

A banda de sucesso incontestável na época de separou sem muito alarde no final da década, até tentaram voltar com a formação mas não durou muito tempo.


Por Murilo Teixeira